Matrix – Realidade e Irrealidade. Onde está o deserto? (Andreas Z. Linhares)
Os filmes e a psicanálise
Antes de comentar especificamente sobre o filme “Matrix”, gostaria de expressar, como eu considero, neste momento, o modo pelo qual o psicanalista se aproxima dos filmes: a maneira pela qual os filmes podem se dispor a análise pelo psicanalista, que é diferente da análise que outros profissionais podem realizar.
O crítico de cinema, por exemplo, analisa o filme pelo aspecto estético enquanto manifestação de arte, através de aspectos do filme em si e de como o filme foi composto: cenário, roteiro, direção, direção de arte, trilha sonora, sonoplastia, efeitos especiais, performance dos atores, etc. Estes aspectos são comparados com os de outros filmes, ou com os valores, padrões que o crítico possui. O crítico salienta também o interesse que o filme pode despertar em termos de associação com questões da atualidade, da história ou do futuro. Todos estes aspectos são importantes, denotam, e esclarecem o valor do filme e sua qualidade artística. Em resumo, uma crítica, “é a arte ou habilidade de julgar a obra de um autor” (HOUAISS, 2001).
O filme “Matrix” foi também comentado por filósofos. O vértice filosófico busca enquadrar as questões suscitadas pelo filme dentro de determinados questionamentos que a filosofia desenvolveu ao longo de sua história. O enquadre das questões abordadas pelo filme é associado e se expande através de referenciais, paradigmas e indagações desenvolvidos por filósofos em determinada época.
A abordagem do psicanalista vai buscar encontrar a realidade psíquica, os movimentos psíquicos, as possibilidades de representação do que acontece no filme em termos psíquicos e emocionais do que se descortina a quem assiste ao filme. Busca-se entrar em contato com as peculiaridades do mundo interno das personagens e a dinâmica das situações que se expressam em determinadas posturas e comportamentos. A estética e o entendimento do filme subsidiam o seu trabalho, mas não são o seu interesse principal, são apenas ingredientes, que são interpretados pela mente do analista, buscando assinalar o que está além da aparência.
O impacto de “Matrix”
‘Matrix’ é um filme que na época de seu lançamento, em 1999, de suas primeiras exibições em cinema, despertou perplexidade e interesse em muitas pessoas que o assistiram. Chegou a ser considerado como “o melhor filme do ano” (Folha de São Paulo). O motivo aparente desta perplexidade poderia ser identificado em certas características do filme. É um filme de ação, de atitudes, de decisões, de escolhas que personagens realizam. O filme também alberga uma quantidade grande de cenas com efeitos especiais, cenas de ação, nunca antes realizados num filme. Mas, o aspecto talvez mais interessante, a partir do qual os outros aspectos tornam-se coadjuvantes, são indagações que aparecem no filme: O que é realidade? Existe destino, predestinação? Existe escolha? O que é que realmente sabemos? O que é que parece que sabemos? O que importa para a vida poder ter um sentido? Até que ponto somos livres, até que ponto somos manipulados? Qual é a diferença entre loucura e sanidade? Entre estar acordado e estar dormindo? A que necessidade serve a droga? E outras muitas questões, que de há muito preocupam a humanidade.
Interessante que em muitas pessoas que gostam de cinema, o filme não despertou interesse algum. Isto abre uma indagação pertinente a uma das temáticas o filme: Será que o nosso gosto é uma questão de escolha? Ou até que ponto o nosso gosto, o que nos interessa é uma questão de escolha? De limitação? De delimitação?
O título “Matrix”
A palavra ‘matrix’ deriva de raiz matr que está presente em todas as línguas indo-européias, do sanscrito, ao grego, ao latim, ao alemão, ao inglês, espanhol, português, francês, etc. E, em todas estas línguas esta raiz se relaciona à idéia de ‘mãe’. Podemos perceber então que ‘matrix’ é um termo forte, denso, que se impõe. ‘Matrix’ é uma palavra que pertence à língua inglesa e poderíamos atribuir como correspondente em português à palavra ‘matriz’. Os significados principais que o dicionário apontam para ‘matriz’ são: 1. um molde no qual um metal quente, ou um material em uma condição macia ou líquida ganha uma forma; 2. substância na qual um mineral é encontrado envolto no solo – determinada rocha sendo a ‘matriz’ de tal minério; e, 3. lugar onde alguma coisa começa ou se desenvolve. Temos também o conceito matemático de ‘matriz’: várias equações determinando resultados diversos, contidas no mesmo sistema, e relacionado-se entre si. (HOUAISS, 2001)
O filme
O filme começa com a apresentação de um fluxo de sinais que desenha, aos poucos, o nome ‘Matrix’, e ouvimos uma conversa de fundo, ao telefone, entre um homem (ficamos sabendo depois tratar-se de Cypher) e uma mulher (Trinity). Trinity está dentro de um quarto, isolada, em um um hotel queimado, em destroços, abandonado – “Heart Hotel” (Hotel Coração). Em seguida policiais arrobam violentamente a porta do quarto onde está Trinity (quarto 303 – ímpar), com armas e lanternas em punho, apontadas para ela, que esta sentada de costas à porta, manuseando um computador. Não se estabelece diálogo, ocorre, da parte dos policiais, gritos, ordens. Trinity, obedece às ordens, ergue as mãos e mantém-se estática, com o rosto sem demonstrar nenhuma emoção, impassível. Quando os policiais se aproximam, ela, numa manobra vertiginosa literalmente ‘corre pelas paredes’ e mata, implacavelmente, todos os policiais. Pelo telefone recebe informações do que aconteceu “a linha principal foi cortada”, e do que tem que fazer, “você tem que focar e encontrar a saída”. E entra numa fuga desesperada, uma correria, cheia de manobras vertiginosas, escapando de seus agentes perseguidores, solicitando e recebendo orientações seqüenciais, através de uma voz pelo telefone, tentando encontrar a saída. Ela arromba, pula contra o vidro de uma janela, e cai no chão já de armas em punho, já pronta para se defender de um ataque.
Outra cena que passa de permeio a esta: uma disputa de poder entre os agentes e os policiais: “juris-my-dick-tion” – ( dick –pênis na gíria americana).
Esta cena inicial, com Trinity pode ser considerada como um resumo do filme. Intimidade, privacidade, violentamente atingidos, o coração destruído, a emoção destruída, a possibilidade de uma interação mais profunda, mais significativa, não existe. É só ataque e defesa, polícia e bandido, perseguidor e perseguido, não tem conversa que pode se sustentar, não tem contato direto amistoso, a linha principal foi cortada. Uma quebra de possibilidade de contato com a experiência emocional, com o sentimento, com a afetividade, que poderia dar um sentido, um significado, ao que se percebe. O hotel coração está destruído.
Na cena seguinte encontramos um jovem solitário no seu quarto. Ele está dormindo, dormiu sobre a mesa, mas o computador está ligado e uma música toca. O quarto (quarto 101 – ímpar) está em desordem, o lugar é feio, poderíamos dizer até insalubre, cercado de estímulos desordenados. E, de repente, na sua solidão, ele percebe o computador conversando com ele. Assusta-se, e o computador prevê acontecimentos, amedronta e aparece na tela comandos “siga o coelho branco”[3]. Toca a campainha, ele atende. É uma turma vindo comprar um software. Ele recebe o dinheiro, vai até a estante pega um livro, cujo título é “Simulacro e Simulação” e ao abrir o livro tem-se de uma lado o dinheiro, com o epígrafe “nihilismo” e do outro lado, os programas de computado. Emoção, sentimento, amizade, amor, não aparecem. Neo/Anderson entrega o disquete ao comprador que exclama: “Você é meu salvador. Você é meu Jesus Cristo!” E Neo/Anderson responde: “Você já sabe né”. O rapaz responde: “Sei sim. Se me pegarem você não existe”. Neo/Anderson queixa-se de que “está vivendo sem saber se está acordado ou dormindo”. O rapaz diz: “Isto é mescalina. Você precisa dar um tempo disso”.
Neo/Anderson, seguindo a ordem de seguir o coelho branco vai até uma festa. Lá, está só, isolado, é encontrado por Trinity, é o primeiro encontro com ela, ela se insinua, propõe-lhe uma série de enigmas.
Dia seguinte, temos nosso personagem, acordando atrasado, impaciente, e, a seguir vêmo-lo engravatado no “Metacórtex”, ou seja em contato com necessidades mais organizadas – tempo e espaço. “Quando um funcionário não vai bem, a firma não vai bem” diz seu chefe, “Rhineheart” – “coração primitivo”. No ambiente pessoas tentam limpar as vidraças, mas ao mesmo tempo que limpam espalham sabão e água turvando ainda mais a visão. É Neo/Anderson tentando, mas não conseguindo enxergar. A cena seguinte: Neo/Anderson mergulha num quadro paranóico, é orientado por uma voz que solicita tarefas impossíveis e é perseguido por agentes implacáveis. Muito angustiado, muito ansioso, coloca sua própria vida em risco. Apenas quando a “voz” desaparece ele se dá conta do perigo e sai do prédio recluso pelos agentes.
Nosso herói é levado então a um espaço frio – uma sala de interrogatório, e é confrontado, humilhado pelas suas condutas. Smith o intimida e tenta induzí-lo a uma renúncia. Nosso personagem ataca Smith, reinvidica direitos – um telefonema, uma comunicação, e mostra a Smith, o dedo médio em riste. Smith contra-ataca: “De que adianta um telefonema se você é incapaz de falar”. Está aí o problema: o sofrimento de Neo/Anderson é pré-verbal, ele não tem como problematizar em palavras o seu sofrimento, ele apenas se dá conta de sua angústia, buscar algo que não sabe ao certo o que é, problemas que antecedem o aprendizado da linguagem verbal – “questões umbilicais”. A partir deste momento nosso personagem está marcado – “um verme metálico se aloja no seu interior que penetrou pelo umbigo”. Nosso personagem aparece despertando em sua cama, sem saber se o que aconteceu foi realidade ou sonho. O sonho não é mais sonho, é alucinação – fica indistinto o que é sonho e o que é realidade, não há mente capaz de fazer a distinção. O que será que ocorre na mente que possibilita esta distinção?
Neo/Anderson recebe então uma ligação telefônica de “Morpheus” que diz: “Matrix já sabe da sua existência, mas não sabe de quão importante você é, se soubesse você provavelmente já estaria morto, eu necessito ser breve, pois esta linha está grampeada.” Alguém que se sente muito confuso, perseguido, de repente se vê considerado como alguém muito importante, muito estimado e esperado pelos outros. O Sr. Anderson começa a desaparecer, quem passa a ocupar as cenas, de forma definitiva é “Neo”. Neo se encontra com “Trinity”, que está acompanhado de “Switch” que pode ser traduzido como : “troca” e por “Opoc” – o contrário de copo. Eles tentam intimidá-lo também – armas apontadas, mas é um ambiente mais acolhedores que o de Smith, Neo faz um movimento de sair, mas Trinity interfere: “Este caminho você já conhece” a opção é um caminho na chuva, escuro e solitário. Neo fecha a porta , fica no carro. De qualquer forma, ele encontra companhia, não está mais tão sozinho. Com a arma na mão de “Switch” apontando para Neo, Trinity penetra Neo pelo umbigo, não sem violência, arrancando o verme metálico introduzido por Smith. Mas a chuva escorrendo, por fora, no vidro do carro lembra a “Matrix”.
E Neo encontra Morpheus, que recebe-o com extrema atenção, Neo é o esperado de Morpheus. Morpheus sabe quem Neo realmente é. “Morpheus”, o que dá forma às coisas, às situações e às pessoas – comanda e manipula tudo, contando a sua verdade como “A VERDADE”. Neo, fragilizado ao extremo, se ancora, com uma incipiente resistência, à versão que Morpheus o apresenta, à “causa de Morpheus” – lutar contra “Matrix”. Na hora de Neo fazer a escolha entre as pílulas, Morpheus já o ganhou, já esperava este resultado, os preparativos para desprogramá-lo e reprogramá-lo estão prontos. Morpheu tem afeto, mas, é um afeto fundamentado em predeterminações – Neo é o “Salvador”, o “Escolhido”, “The One”. Reparemos no trocadilho “Neo” – “One”. “Morpheus” tem colocações muito interessantes e estimuladoras de uma aproximação com a condição humana, mas ele se utiliza disto como uma forma de instigar Neo a um determinado comportamento. A responsável pelos limites de nossa condição é a Matrix e não a condição humana em si mesma.
Morpheus sempre com pressa, sem tempo para pensar, “o tempo está sempre contra nós”. Não dá tempo para si, nem para os outros.
Neo já dentro do sistema de “Morpheus”, entra em contato com uma versão e uma possibilidade de apreensão desta realidade.
Porém, Morpheus não consegue sozinho sustentar a sua realidade, necessita do Oráculo. E Neo depois de ser treinado e catequizado por Morpheus, vai até o oráculo. Lá encontra mulheres e crianças, mas as crianças não são consideradas como crianças, mas “potenciais”, cada uma como coelhos, que aparecem na tela de uma televisão, tentando reproduzir habilidades extraordinárias – tirar coelho da cartola – habilidades mágicas – extraordinárias.
Na conversa com um dos “potenciais” surge um questionamento interessante a respeito das nossas percepções – o que percebemos não é o objeto externo, com o que entramos em contato é com a nossa capacidade de perceber, é a nossa mente que forma o objeto, que dá forma a uma percepção, que contém uma verdade, e, este processo pode distorcer, modificar, ou até mesmo criar uma percepção.
Neo é recebido pelo Oráculo. Neo entra com muito receio no ambiente onde ela se encontra, ele estranha a situação. O Oráculo lembra uma mãe, está numa cozinha, preparando biscoitos, as cores do ambiente são quentes. O Oráculo percebe que Neo se espanta com o que encontra. E o Oráculo detecta que ele tem uma característica: ele procura por respostas, respostas que venham de fora, ou de uma outra vida talvez. O Oráculo mostra a Neo uma placa, que está sobre a porta: “Conhece-te a ti mesmo”. O Oráculo também conta do poder de uma crença consolidada: “não há ninguém capaz de fazer Morpheus modificar, ou questionar o que ele acredita – ele acredita cegamente”.
Neste momento é hora também de comentar a respeito de “Cypher”. Traduzindo: “cifra”, economia, dinheiro, quantidade. Em certa cena Cypher diz a Neo: “You scared tobejesus out of me” – dizendo como que “você me fez desistir do desejo de ser Jesus”. Cypher estava interessado em Trinity. Não teve sucesso. Trinity se interessa por Neo. Não vale mais a pena, lutar pela causa de Morpheus, uma vez que Trinity, definitivamente não vai mais corresponder ao seu amor. Comando por comando, entre Morpheus e a Matrix, Cypher prefere a Matrix. Cypher, detecta e se revolta com a “manipulação” que Morpheus comete, busca e realiza uma vingança. Mas será que Morpheus se dá conta do que faz com os outros? Para Morpheus o que ele faz é despertar pessoas, não manipulá-las.
Através da colaboração de Cypher, Morpheus é capturado pelos agentes. É torturado para revelar seu segredo – como entrar em Zion. Até que Smith confessa que ele também não aguenta mais a sua situação, ele também quer se libertar. Smith e Morpheus se aproximam.
Enquanto isso Tank, Trinity e Neo se deparam com a necessidade de matar Morpheus para impedir que ele revele aos agentes o segredo da entrada em Zion, onde os humanos se refugiam. Aí então a consideração dos sentimentos, o dar-se conta de que amam Morpheus aparece – “mais que um líder, foi um pai para nós”. Neo sente-se capaz de resgatá-lo e com isso resgatar o seu sentimento. Ele vai agir em função de uma pessoa, não de uma idéia. Não vai procurar uma resposta, vai resgatar um amigo – um pai. E o sentimento de Trinity aparece. Neo é o escolhido, talvez não o escolhido de Morpheus, mas é o escolhido do amor de Trinity, a pessoa de suas preocupações, de seu carinho, de sua atenção.
Morpheus é resgatado. Neo e Trinity enfrentam os policiais com maestria, agem harmoniosamente, as situações vão se resolvendo favoravelmente para eles, agem criativamente. Neo é atacado pelos agentes, e no mesmo quarto do Heart Hotel, do início do filme, é assassinado por Smith, Neo morre. Mas, o amor de Trinity, faz Neo renascer. Neo então, enfrenta os agentes e vence-os, não a partir da aparência, mas a partir de dentro. A sua possibilidade de entrar em contato com as pessoas se modifica.
A nave onde está Trinity está sendo atacada, ameaçada de destruição, e ela agora pode expressar, viver o medo da situação. Sente-se segura o suficiente para viver as suas emoções, expressá-las. O terror acaba e Neo e Trinity se encontram, como homem e mulher.
O contato com a experiência afetiva, com as emoções, com o sentimento possibilita Neo renascer, encontrar um caminho. Temperado porém, ainda, de forma importante, com alucinação – o mundo sem limites, sem fronteiras – mas, como ele diz é um início – “eu sei como começou, não sei como vai terminar”.
Comentário final
Transformar a experiência de Matrix, a máquina metálica, em Mãe humana, de carne e osso, razão e sentimento, possibilidades e necessidades, ir descobrindo espaços e o tempos. Viver as experiências como delimitadores, não como claustros. Os limites podem ajudar a conhecer. A descoberta do inconsciente, o que ainda não ganhou palavras.
Referências Bibliográficas
BION, Wilfred R.(1962) Learning from experience. Karnac Books, London, 1991.
BION, Wilfred R. (1970) Attention and interpretation. Karnac Books, London, 1993.
BRAGA, João C. & PERRINI, Edival (2003) Observar a linguagem cinematográfica ajuda a realizar as diferentes linguagens do psiquismo. Trabalho apresentado em reunião científica do Núcleo Psicanalítico de Curitiba, em 12 de novembro de 2003.
GABBARD, Glen O. (1997) The psychoanalyst at the movies. Int J. Psycho-anal. Vol. 78, pp 429-34, 1997.
HOUAISS, Antônio & VILLAR, Mauro S. (2001) Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Ed Objetiva, Rio de Janeiro, 2001.
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PONTES, Ana R. & Cols. (2004) Cinema e Psicanálise. Trabalho apresentado no Congresso Interno da Sociedade Bras. de Psicanálise de Ribeirão Preto, em 2004.
ZIZEK, Slavoj. (2003) Matrix: ou, os dois lados da perversão. In IRWIN, William. Matrix – Bem-vindo ao deserto do Real. Editora Madras, São Paulo, 2003.
[1] Apresentado em Reunião Científico Cultural, em 21 de maio de 2004 e da atividade de Cinema e Psicanálise realizada em Ribeirão Preto, em 25 de junho de 2004.
[2] Andreas Z. Linhares. Médico e psicanalista.
[3] Lembra o coelho branco de “Alice no país das maravilhas”, a entrada no mundo da fantasia, ou se quisermos, do delírio, do desapego à realidade que nos cerca, interativamente.